
Acho que sou volátil
Tal como me sinto gasosa
Vapor de agua em borbulhar constante
Evaporação de essência
Com aroma de pele em orgásmicas destilações
Tantas vezes perdendo o essencial por entre os poros
Desfaço-me e refaço-me em transformações constantes
Regressando sempre á mesma forma sólida
Do que me fizeram..do que me deixei ser
A matéria inconstante que me forma
Ajusta-se ao objecto em que tem que se encaixar
Desde sempre
Um corpo que se ajusta num espaço imposto
Para poder sobreviver
Então entrei neste corpo humano de fêmea
Aconchegando o sexo à sua função natural
De virgem
De esposa
De mulher em duvida
De puta antes que seja tarde
E a capacidade limitada da forma
Ilude a capacidade ilimitada da função
E para que se cumpra
A ciência nunca comprovada da existência dos Homens
Fazem-se teste em tubos de ensaio
Variando a técnica e a experiência
Mas numa dessas ocasiões
Foi descoberta a possibilidade do ser se evaporar
Mantendo intacta a imagem
Ficando momentaneamente oco do seu ser
Invenção sem patente registada
Protótipo eu me sinto
Quando mais uma vez me evaporo por entre os dias…
"E a capacidade limitada da forma
ResponderEliminarIlude a capacidade ilimitada da função"
Ilude mas não domina. Mais um texto de excelência