Vomito-me
Cada vez que o inferno das memorias do impossível me possui
Diabo de cruz em riste
Reviro os olhos
Rio-me em estridentes gargalhadas
Babo todas as palavras insanas
Rezam
Vomito o corpo em cada frase divina
Benzem-se
Contorço o corpo desnudo em movimentos de luxúria
Prendem-me
Sorrio irónica olhando o santo
Peço mais
Batem-me
Grito o nome do meu Deus
Fazendo corar o mundo virgem
E deixo-me possuir até ao êxtase
Contendo o demónio em mim
Desmaiando finalmente quando me molha a agua benta.
Há exorcismos que são um crime, flagelam mais ainda a alma. 1Bj
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