Com_traste

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

E se parasse?



Contrasto
Excedo-me
Numa corrida de sangue em veias exteriores
Saltos em altura com vertigens
Feridas lambidas sem pudor
E tu sorris
Nessa calmaria
De aparente certeza das coisas
Controlando a máquina
Num comando mental em zapping constante, talvez
E nas mãos seguras um cigarro que não fumas
Conseguindo olhar o horizonte de frente
E os sol invade-te
De óculos escuros enfrento-te
Peito cheio de um eu inseguro
Constantemente em corridas fora de mim
E na mão um cigarro que fumo
Palavras soltas impensadas
Mas que me dizem num todo que desconhecia até serem palavras dadas
Soltas
São mais que eu
E só assim entardecem os meus dias
Deito-me
Porque insistem
E nesse sono vejo-te
Como um colo seguro
Puro
E eu nele me encolho
Cansada deste furacão
Mas receio
Ir em contra mão
E há uma sensação de urgência
De um eu em queda
De um eu em aflição
Um querer voar por ai
Um querer ficar no chão
E de manhã volto a correr
Entre esta vontade de ser..eu
E descobrir o que serei na tua mão








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