Com_traste
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Arte e manhas
Ela pedia palavras bonitas
Como só quem sente sabe dar
Desnudava-se na espera
E esse tempo ausente
Trazia o frio das palavras ocas
Quimeras
Não tremia
E sorria esperando outras que a soubessem cobrir com jeito
Junto ao peito
A sombra da primavera
Como ninho de andorinha
Que em voos partira
Vazio ficará
E ela aguardava sempre
No ventre presente
O quente de uma mão que desejava a hora
Em que a transformação do ser se desse
Como milagre do amor
Eterna
A sua nudez
Porque as palavras
Baralham
Partem
Dão-se
E só o pintor
A sabe completamente vestida de palavra bonitas
Invisíveis aos nossos olhos
Pintura: Armando reis
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