Com_traste

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Águas mil


Nem parece Abril
Não se cumpre a sabedoria popular
As aguas já não caem do céu
Privatizaram Deus
E os cravos sem força para rebentar
Seca-se a terra e as mãos
A fome beija a mão ao ladrão
E pede-se aos Homens de boa vontade para acreditar
E eles acreditam...sem vontade
Mas na boa
Bebe-se um café, num encolher de ombros em lamento
Fuma-se um cigarro, queimando o tempo
E ninguém se lembra...É Abril
Foi Abril
Mas antes caia a agua dos céus
Os cravos cresciam a olhos vistos
E os Homens sonhavam

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