Não sei se foi o doce da laranja
Ou o mel dos teus dedos
Que ao trincar o gomo que em forma de lua me ofertaste
Tornaram os meus lábios insuportavelmente dependentes desse gosto
E quando não estás
Ou não é tempo das laranjas
Olho a lua que mingua
Ou cresce
E salivo gulosa
Ela enche-se de ternura
E pela noite escura
Sacia-me a dependência
Reflectindo nos meus olhos
A forma
A luz
Que transformo em gosto
Passando a língua molhada pela imaginação
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