Com_traste

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

DesPrazer


Desconheço as regras
Os traços contínuos são invisíveis aos meus olhos
As noites nem deviam existir
Só lhe vejo a luz que cintila e me chama
Apetecia-me partir
Agora de mala feita e desfeita
A casa faz eco de tão vazia
E eu grito baixinho só para me ouvir ao longe
De tão desconfortável
Sinto-me como sempre sonhei
Completamente perdida e entregue exclusivamente à minha vontade e indecisão
Indomável
Renego traços que possam conferir destinos
E faço palavras cruzadas em que faltam sempre letras
Apenas para não encontrar as respostas que todos esperam
As rosas secaram na jarra
E mantêm-se intactas
Sorrio
São lindas
Natureza morta
Literalmente morta
Sorrio novamente
A sangrar depois de me picar numa delas

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