Com_traste

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Delirium


Depois de uma semana só com noites
Irás procurar os dias estrada fora
Acertas o meio dia pelo por do sol
Sentirás a ilusão da luz ao fundo de um túnel
E acordarás ao som do apitar de um comboio
Sem que te consigas mexer da linha
E repartes o pão sagrado de domingo
Em migalhas que seguras nos dedos
Alimentarás a ave que ficou órfã
Cantarás como a ave do paraíso
E voarás em círculos
Das escrituras sagradas como testamento
Serás o único herdeiro
Passarás a palavra da tua boca para a minha
E quando estiver tudo fora do lugar
Darás à luz novos dias
Só com noites
Teu alimento
Onde voas e cantas
Em delírio

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