Com_traste
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Por uma unha Negra
E eu perco-me tentando inventar a cor, a forma, o sentimento
E em desespero invento
Solto a tinta pelo corpo dentro
Salivo o roxo meio confuso querendo ficar preso aos lábios
Sai contrafeito porque eu insisto
Sopro um lilás desmaiado
Mas não soa a beijo
Parece pouco
E se eu comesse a cor?
Se a mordesse até sangrar?
E nesse gesto de dor
Nada surge ou acontece
E eu já sem pudor
Dispo-me do sangue que me veste
E ali, num de repente
Surgem beijos encarnados
Descobri uma outra arte
Nem me parece diferente
Mas é muito mais quente
Viva e colorida
É como a vida
Que surge na união
Da boca que saliva
E a unha negra que investe
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