Com_traste

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sábado, 14 de janeiro de 2012

No inicio era o verbo...SER

Abrem-se em mim todos os poros
Por onde me purifico
Nas noites brancas
Claras
Lúcidas
Depois dos dias negros
Escuros
Confusos
Como cubo de gelo a liquidificar
Depois de se perder numa boca quente
Abrem-se em mim todas as portas
Como hipóteses de concretizar na felicidade da escolha
Consciente
Livre
Arriscada
Minha!
Como o vento que não encontra oposição
Para derrubar muros
Ou um corpo
Que se completa num outro
Abrem-se em mim a minha alma ausente
Como milagre que ofusca o racional
Luminosa
Confiante
Eufórica
Como se fosse possível aguentar todas as dores
Por já as saber de cor
E seguir em frente sorrindo
Abre-se em mim o meu nome
Em letras Maiúsculas
Com orgulho do nome que me faz única
Independente
Mulher
Louca
Guerreira
Abre-se em mim o despudor
E agora
Mordo os lábios apenas por prazer
E no meu corpo de bicho fêmea
Uivo à lua
E vou SER

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