Com_traste

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A inexistência das coisas...


As coisas que pensamos ver são invisíveis
E os nossos olhos criam apenas ilusões
A tua voz
É apenas o acto único da junção de sons
A que dou o toque magico do encantamento
Quando assim te quero
As pedras
São pássaros cansados de voar
Que se deixam pisar apenas para que ninguém os obrigue a voar para longe
As portas não são mais que entradas e saídas em simultâneo
Poderiam ser simples janelas, mas resolvemos complicar
As palavras são sentimentos subjectivos
Mesmo quando nomeiam objectos
A coisa
É sempre inexistente
Até ao momento em que a resolvo pensar
As semelhanças entre as nossas coisas
Está apenas no medo da loucura
E por isso resolvemos concordar
O que escrevo não é o que quis dizer
O que lês não é o que escrevi
Se desenhares um pássaro
Ele não voa
Tenta desenhar apenas o céu
Eu poderei ver as asas do pássaro que me querias mostrar

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