Ama-me agora
Disse a musa ao pintor
E ele desnudando a que sempre para ele estava nua
Pinta-lhe o corpo em flor
Com pétalas de rosa rubra
Ensanguentadas pelo ventre que sempre penetrou
Em carne viva
Quente
Nos seu dedos desfeita
E ela ausente de movimentos
Deixa-se inverter completamente
E o seu dentro sai fora
Naquela hora
Ela nasce flor
Para em pólen se eternizar
Num quadro assinado pelo autor
Sem comentários:
Enviar um comentário