Quando se afogam as palavras
Aflitas em agonia no peito
Lanço-lhe a corda
E pela mão
Puxo em frases escritas
Todo um leito
Quereriam morrer novas ainda
Talvez um suicídio eu abortara
Mas por ama-las
Só por ama-las
Mataria eu pela própria mão
E morreriam todas de outro jeito
Agora beijo-as
Na tentativa vã de reanimação
Soluço a agua
Tomo o pulso
E morrem lentamente no momento
Luto
Sem pranto feito
Já não importa
O tempo urge
Na cama as deito
Silencio
Aqui jaz
A palavra
Sem descanso
Eternamente pretérito
Num presente mais que imperfeito
Sem comentários:
Enviar um comentário