Com_traste

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domingo, 22 de julho de 2012

Crónicas Marcianas



Não me apetece o silencio das palavras vãs
Nem o som das palavras mortas
E que tal a ausência de significados?
Que vos importa os que dizem as sílabas juntas em forma de ideia?
Que vos importa o pensamento vertido para um conceito subjectivo?
Se o que queremos é apenas um abrigo
Para matar a fome…de conhecimento concreto
De sabedoria exacta
E todo o abstracto do que dizemos ou pensamentos
Apenas nos transtorna
Porque somos incapazes de saber ao certo
O que significa cada um de nós
E tudo o que somos é apenas o resultado de experiências diárias
Numa solução onde se misturam factores ao acaso
Com a agravante de não sabermos ao certo o que procuramos
Volta e meia: Eureka!
Surge uma descoberta…e tendemos a dar um nome à coisa desconhecida
E escrever compêndios que apenas ajudam a fingir conhecimento
Porque a palavra que dá a ideia de ter ideias
Existe depois de ser pensada ainda sem nome
E este circulo é uma espiral sem fim à vista
Num tempo infinito
Em que iremos dando nome às coisas ao acaso
E a beleza (palavra que surge depois do primeiro Homem olhar outro Homem) está nessa capacidade de criar
Coisas vindas de um nada…que é tudo o que existe alem de nós







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