Com_traste

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rugido


Não há tempo nem espaço
Que eu consiga inventar fora de mim
É tudo uma ilusão do meu umbigo
Que em espiral se interioriza
E me faz centro
Soubesse eu nascer como as plantas
E seria a (H)era que se enrola nas coisas
Cresce sem necessitar de muito alimento
E ergue-se mais alem
Mesmo depois do tempo acabado
Sempre fora do espaço destinado
Soubesse eu afinal porque nasci
E talvez não me revoltasse tanto com o facto de existirem fora de mim
E o mundo fosse aquele movimento único
Dos olhares profundos
Quando nos olhamos e nos vemos semelhantes
E mesmo em risco
Nos deitamos quando cansados
Adormecendo encostados à juba do leão
Sem que um nem outro estranhe a ousadia
Por empatia…do bater do coração

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