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Cogita uma outra forma de andar sem pegadas
Entra pela saída traseira, da sala de espera do quarto minguante
Enfrenta de costas a sombra para que não a siga depois da fuga
Corre ainda em cores vistosas a agua dos rios sem leito
E pelo pensamento se esconde
A ideia fixa e triste
Só porque existe…mata-se pela raiz a daninha erva
Pensa não ser visível aos olhos dos cegos comuns
Mas espelha o reflexo de todos os olhares do mundo
Imagina então outra coisa
Que não antes existira
Para se poder dar como nova a idade da pedra
Que traz atada aos seu pescoço
Com corda
Discorda
De nada servirá registar patente
Mente e não poderá ser original
E mortal ideia só poderia existir na cabeça invisível do homem ausente
Que ama e sente, como se o amor que nunca faz a engravidasse
Prenhe de conceitos
Dá á luz preconceitos
Por não ter querido saber antes das nove luas
O sexo do anjo que nasceu
E se em quartos, parte e reparte a laranja
É no fio da navalha que o fel se prende
Dando à lua o amargo das noites
Por ser da cor da romã
O que sente
Incognitamente surge
Dentro de si o dia eleito
Em que no peito o raciocínio lógico
Do amor Nada coerente se Afoga
Por pura imaginação demente
E sem ser crente
Aposta ser ela o próprio enigma
Do mistério de X
Com mais ou menos Y
Que decide o sexo do pensamento humano
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