Com_traste

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Casulo




Já não há tempo
Frio ou quente
Que dê sentido à metamorfose
Em tempos….amenos
Era por osmose
Que se diluía o corpo e a alma
Em mares comuns
Onde nos banhávamos
A solução era composta por todas as partes que ousávamos ser
E nus…uníamo-nos
Completando a essência una
Negando as formulas cientificas
Mais que comprovadas por estranhos
E nós..éramos
UM
Sem tubo de ensaio
Por ser ciência exacta a nossa mutação
Da junção do corpo com o incorpóreo
Já não há tempo
Frio ou quente
E dentro do casulo
A coisa
Apenas sente a ausência
Envolta em camada e camada
Na bolsa inundada de memórias
Sobrevive à espera
Talvez chegue a primavera
E de num bater de asas
O parto em aguas doces
Dê vida à possibilidade que existe em cada hibernação
De transformar a matéria em qualquer coisa
Mais pura
Mais ela
Mais etérea
E depois volte a sorrir em cada nova madrugada
Por poder voar para fora de si
Lugar onde sabe que se pode encontrar.

1 comentário:

  1. "Por poder voar para fora de si
    Lugar onde sabe que se pode encontrar."
    Mais um texto maravilhoso. ;O))) ******

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