Com_traste

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Drogas...



Já não vos quero mais
Se não se dão
Para que vos quero então?
Preciso do chocolate que se desfaz na boca lentamente
Do vinho que me deixa tonta
Do sal que me coloca em risco
Da cafeína a que não resisto
E do cigarro quem no fumo me atordoa
E se de vós nada posso ter disto..
Que se deixem morrer lentamente
Eu vou engordar a olhos vistos
Ter bebedeiras de ficar em coma sem sentidos
Ficar com a tensão no limite
E sem sono para que possa estar acordada
E envolta e fumo para não ver mais nada
E quando a morte anunciada
Surgir para me deixar inanimada
E eu morrer feliz
Livre
E saciada
Vou pensar que não perdi nada
Irei ser cremada
E com meu fumo vos envolver
Para nessa altura todos vós prender
No pensamento de gente manipulada
Que choram as almas abandonadas
E fazem do momento final dos outros
O único momento em que juram começar a SER.

2 comentários:

  1. "A cada qual um destinar-se" - in A noite e o riso de um tal de Nuno Bragança.

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  2. Ou melhor ainda: "Prevejo: o todo joga ds fintas que a lebre-eu multiplicará para cansar o eu-galgo" - do mesmo

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