
Nunca gostei de chá!
Achava aquela água quente com ervas de cheiro, uma coisa meio sensaborona
De todas as ervas utilizadas para fazer chá, a única a quem ainda dava o beneficio da duvida
Era ao chá de Erva Luísa
Hoje, bebo aquela agua quente com algum prazer...
Primeiro a chávena quente, bem quente!
Que afago num gesto lento
Num aconchego de mãos na peça de loiça antiga
Depois o cheiro
Que inalo quase de olhos fechados
Deixando o vapor abrir, para além dos poros do rosto…a gaveta das memórias
Só depois o sabor
Doce…
Bebo como quem sabe que se aprende a gostar com o tempo
Principalmente se soubermos ter tempo para beber um chá…
Mas uma coisa não mudou
Continuo a saborear com outro paladar o chá de Erva Luísa..e a sorrir lembro…
Lembro de como achava incrível terem dado o nome da minha avó a uma árvore
Uma árvore que deu folhas
Folhas com que se fez chá
Chá que aprendi a gostar…com o tempo.
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