Com_traste

Com_traste

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Da Revolução...






É aquela coisa rubra
Que sai pela boca em gritos
Aquela força que puxa os braços ao alto
A dor que se mistura com esperança
A Euforia que na menina dos olhos dança
A revolução é aquela coisa a que temos direito quando já nenhum outro existe
É a liberdade violada exigindo justiça
É uma onda gigante que nos leva na corrente
A salvação quando se não é crente
É risco que se assume por outros
Coragem para matar a cobardia
A carta de alforria na prisão
O pão na boca do petiz
A palavra na folha do jornal
A revolução é o beijo na boca do soldado
A arma do condenado
É solução ao problema armadilhado
É a fogueira das bruxas disfarçadas
É a esperança...
Para ressuscitar os mortos justos
A revolução é fado deste pais
E quando os loucos se levantarem
De nada valerá gritar clemência
Porque não há maior demência
Que a miséria com que nos brindais
E a pouca consciência dos ais
Que de parto programado provocam
Há ainda a pouca vergonha
Seus proxenetas cabrões
De nem saberem ser pais
E se fossem castrados
Nenhum mal viria ao mundo
Porque vossos filhos
Porcos imundos
São filhos sem terem pais

Sem comentários:

Enviar um comentário