Não me perguntem o que tenho
Perguntem o que vos falta
Não me dêem o ombro
Levantem o vosso braço
Não vos doa a minha dor
Se eu grito há tanto
E nunca me ouviram
Não desgosto do facto da empatia
Que embora fictícia surja
Traz nela a possibilidade de ser genuína
Mas eu
Eu já nem sou uma menina
E aprendi há muito a viver sozinha
E com aqueles que me basta olhar…
Nas memórias
E em gestos oportunos
Silenciados
E verdadeiros
E não há nada melhor
Que abraçar um amigo
Sincero
Não os preciso escolher
São eles que sobressaem no meio da multidão
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