Eu mato e esfolo o vulto oculto na esquina
Com o olhar imobilizo-lhe o pensamento
Piso-lhe a sombra
Esfaqueio-lhe as palavras
Coloco a nu o seu objectivo
E na hora exacta de o colocar no caixão
Deito à terra o vazio
E nesse mesmo buraco junto a indignação
Abro o livro sagrado que trago dentro
Leio a página marcada a agua e sal
Adoço a prece com sentimento
E guardo o punhado de terra fechado na mão
Nos bolsos interiores
Viro costas
E que alguém enterre a preceito o defunto
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