Com_traste

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terça-feira, 19 de junho de 2012

true color



A cor do sangue que nos corre nas veias
Serve de pigmento ao mundo que nos ilude
E nós quase sempre cegos
Quase sempre confusos
Quase sempre perdidos
O quadro que te pinto
É cama onde te deito
E o corpo despido
Cálice
Do vinho que bebo
Trago a boca manchada
Da cor que te corre dentro
E nos meus olhos
A cor do vento
E quero-te branco e negro
Quando te mordo
A cor dos meus olhos muda
Quando te sorvo
E do leito faço nuvem branca em azul céu
Tu voas dentro de mim
E eu sou o corpo do arco-íris
Confusa e alucinada
Vertendo aguas
translucidas

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