Com_traste

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sábado, 16 de junho de 2012

pré_Conceito



Nos, os monstros
Que criamos com posse
Que amamos com poder
Que fazemos dos outros coisas
Que temos os outros
Que nunca somos os outros
Que enlouquecemos em segundos
Que nos idolatramos
Que nos fo.demos só plo prazer pessoal
Que usamos
Que sofremos por nós mesmos
Que desumanamente somos humanos
Que comemos sem fome
Que não nos conhecemos
Que não confiamos
Que não amamos
Que não damos
Que queremos
Que exigimos
Que condenamos
Que cegamos de raiva e poucas vezes de amor
Que fecundamos sem pudor
Que dizemos É MEU
Que choramos por nós
Que nos confessamos apenas para poder continuar a pecar
Que amamos a um Deus umbilical
Que nos ignoramos
Que desconfiamos
Que maltratamos
Para quando os direitos dos animais?
Que de humanos têm mais
Cuspo na sopa que como
Lambo o cu ao dono
Cago na rua que moro
Rio do homem que cai
Choro só quando me doí
Ladro ao bêbedo
Canto ao ladrão
Sou mais cão que o cão
Deito-me feito cabrão
E aponto o dedo ao leal
Conto histórias sem moral
E a culpa é sempre do outro
Sei leis
Sei matérias
Sou douto em coisas etéreas
Alquimista
Mágico
Sou tão capaz quanto louco
Haja a porra de um Deus maior
Que acabe com esta dor
E acabe com este monstro

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