Com_traste

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domingo, 7 de agosto de 2011

Yin Yang


O teu corpo
É como um lago dos desejos onde me deito
É a morte do meu corpo como o conheço
É o reencarnar em mim uma outra
Sem pejo
És o esconderijo dos meus olhos
Do meu ventre ensanguentado
Guardas a prova da existência do ladrão
Dás-lhe guarida, vinho e pão
O teu corpo
É todo como os meus sonhos
As curvas perigosas que faço de olhos fechados
É a circulação ao contrário
É a rotunda dos sorrisos
A sinalética em gemidos
O teu corpo
É a toca do lobo
A casa na arvore
O refugio privado do amor
O teu corpo
É a palavra que procuro
O silencio que sou
O amor que me espera
O teu corpo
É as asas do meu
Que me ergue em voos
Cada vez que em ti me deito
E morres e renascem em mim
Como se tivesse sido sempre assim
O teu corpo…e o meu.

1 comentário:

  1. Este Yin Yang, está soberbo...
    Esse teu todo é guarida de uma fonte de palavras cheias de força e sentimento.

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