Com_traste

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Rua do Imaginário


Os dias eram longas tardes anoitecidas
Os relógios nada mais marcavam que o tempo que faltava…para qualquer coisa acontecer
Uma ampulheta cheia de pólen, era virada a cada espirrar alérgico
A musica era um som cadenciado dos passos da multidão
Fazendo dos silêncios da solidão, a pauta com linhas do destino
A possibilidade de tudo fazia-se horizonte
E o por do sol era sempre da cor dos olhos apaixonados
As casas, eram blocos de jogos de encaixe
Que ninguém forçava encaixar
As arvores, eram abrigo de pássaros e dos homens
Dando sombra, dando frutos, dando vida e cresciam, cresciam, cresciam…como escadas para as nuvens
Os animais, eram sorridentes como nos desenhos animados
As crianças comiam gelados de mil cores, em taças de cristal
E os adultos nunca faziam birras
Quando chovia, os lagos enchiam-se de esperança e os peixes ficavam todos verdes
Quando não chovia…os lagos enchiam de esperança e os peixes pensando que estava a chover… ficavam verdes…
Das janelas das casas avistava-se o mundo inteiro
E as portas só serviam para entrar
Dos telhados soltavam-se buganvílias lilases
Fazendo pontes entre as casas e as nuvens
As pedras da calçada eram daquelas com história
Fizeram fogo
Fizeram-se roda
E nunca, nunca choravam
De noite, todas as estrelas se juntava nas esquinas
E a lua cantava serenatas ao sol
Quando alguém se perdia..era naquela rua que se encontrava sempre
E conta quem viu…que era mesmo verdade!!

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