Com_traste

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

EM.CANTOS


Em..cantos

Em. cantos meu
Onde se aninham os mais íntimos segredos
Encontro-te
Em cada curva das linhas que nos cosem a alma
Em cada recta com horizontes a finalizar caminhos
Espero-te
Em mim encantos teus
No cheiro que não passa
Nos sons que me recordam suspiros
Nos doces sonhos enrolados em algodão
Jaz ainda no lençol da pele a essência
Dos dois em um
Salgados
Doces
Embriagados de loucura sem grau
Impossível de não arder
Em. cantos meus
Encontro-te
Nas impressões que te identificam
Interna seiva que circula incolor
Em artérias e veias que dilatam
Pulsando o desejo de mais ainda
Incontido o palavrão, sem ofensa das paredes
Onde nos confessamos cada vez que nos purificamos
Em baptismos sagrados
Com gotas das nossas águas
Em.cantos meus
Encontro-te
Em rezas em surdina
Com tanta fé que me torno a Matriz
No limite do triz
Grito
Em.cantos
Dou a carne em sacrifício
Minto se faço santas as intenções
Quero converter-me
Á única religião possível
Onde o Deus do amor se personifique
Com s.exo
Vinho
E hóstias bebidas por nós
No canto dos coros angelicais
Faço a dança do meu ventre
Em.cantos fatais
E no fim reencarnamos de novo em nós.

2 comentários:

  1. "Em cantos" que encantam certamente também o deus do amor reencamando com o sabor do delicioso néctar ;)
    Bjo

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  2. Também há re.cantos com o seu en.canto...

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