Com_traste
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
LUTO/A
Fim
Sem pontos finais nos silêncios dos gritos
A urgência da morte que espera dentro de cada um nós
Veste-se de preto
Fingindo-se viúva da dor que não possui
Senta-se na sala de espera do pensamento mais longo
Riscando a sangue a parede com traços em decadência
Aguarda a hora em que nos entra bem dentro
Penetra sorrindo
Vitoriosa
E nós saberemos
Sim, saberemos reconhecer a dor do acto
Feito amor próprio disfarçado de infelicidade
Porque somos vermes que já consumimos a carne em vida
Putrefactos disfarçando o odor
lavando as almas em bacias publicas
Tão puros!
E agora, na hora que marcamos depois de tarde
Sentimos a força bruta da raiva contida nas veias
E palpita ainda, como vermes dentro de nós
Correndo de alto a baixo um corpo
Insensíveis à nossa morte
Dizemos a oração, cobertos com o véu da dança de antes
E em ladainhas sem fé
Pretendemos salvar a alma..pura
Vá
Crucifica-te
Ao mesmo tempo que te fazes mártir
Peca
Peca até ao fim…
Por te matares assim antes que a mesma te possua
O castigo, é a eternidade de te saberes tão forte
Que nem na morte que inventaste, te findas.
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O teu lado negro mostra
ResponderEliminarque é no equilibrio das sedes
que se faz o amor
num só co( r)po
num só gole
que tem que dar para 2
O teu lado branco
Apenas confirma o negro
mostra que o teu amor
é alimentado constantemente
pela tua tremenda vontade de…
…seres...e viva!!
http://www.youtube.com/watch?v=sHhVydgvuAc
escreves bem, mulher!
ResponderEliminarJá estive no "outro lado" onde deixei as impressões digitais. Aqui a coisa fia mais fino e a louça não é de barro...
ResponderEliminarE a dificuldade aumenta. Como não sou animal para ficar calado aproveito para dizer que faço minhas as palavras da "idade da pedra".
Parabéns pelo blog... e fico visita habitual.