Com_traste
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
O BURACO ...DA FECHADURA
A visão limitada quando se espreita pelo buraco da fechadura
Está agora facilitada pelo enorme buraco que fizemos na porta
O paradoxo do orifício que servia para meter a chave que nos trancava
(Dava apenas azo à coscuvilhice das vizinhas)
Foi trocado por um outro, não menos paradoxal
As janelas/portas virtuais
Onde nem mesmo com condições de privacidade personalizadas
Podemos, ou teremos noção
Do quanto deixamos espreitar (e espreitamos)
O buraco…da intimidade de cada um
É que alem da visão
Os outros sentidos todos se apuram
Com incrível grau de imaginação e criatividade
Desvendamos o que se tem à mesa
No quarto
Na cama
No guarda fato…
E consciente ou inconscientemente
Damos a chave para a nossa caixa forte…
Com mais ou menos ilusão de óptica
E sem necessitar de cegos para que nos façam Reis
O senhor do quiosque
A mulher a dias
O homem do talho
A senhora da contabilidade
O padre
A virgem
O pai
O filho
E até quiçá o Espírito Santo
São adicionados às listas dos amiguinhos
Que sem o mínimo pudor
E sem necessitar de ficar de cócoras
Entram-nos pelo buraco... adentro.
Depois de nada nos valerá dizer que…dói!
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Eu só não sabia que no Espírito Santo havia um buraco! Afinal não é só a banca da Irlanda que está com problemas. Cá, para já, temos o do Espírito Santo.
ResponderEliminarNão nos podemos (en)fiar em ninguém.
:-)