Quando vesti as calças ao contrário e todos se riram de mim…
Por acaso saberiam eles o quanto era difícil vestir umas calças velhas no escuro?
E faze-lo sozinha, antes que as torradas e o café com leite arrefecessem?
E fazer um caminho longo, dia sendo noite ainda, chovendo a cântaros e com uma sombrinha que só tapava o sol?
Por acaso saberiam eles quando se riram que me iria sempre lembrar desta calças velhas vestidas ao contrário?
E saberiam também que ainda me lembro dos seus dentes amarelos, a rir..a rir…a rir ?
Eram umas calças de tecido de lã, feitas de um qualquer casaco velho…já vestidas antes por alguém mais velho…que talvez antes as já vestira ao contrário.
Coisas…ao avesso na minha vida…desde que ainda nem tinha mãos para guarda chuvas ao vento nem para dias a começar de noite.
Por vezes lembro…
Por acaso saberiam eles o quanto era difícil vestir umas calças velhas no escuro?
E faze-lo sozinha, antes que as torradas e o café com leite arrefecessem?
E fazer um caminho longo, dia sendo noite ainda, chovendo a cântaros e com uma sombrinha que só tapava o sol?
Por acaso saberiam eles quando se riram que me iria sempre lembrar desta calças velhas vestidas ao contrário?
E saberiam também que ainda me lembro dos seus dentes amarelos, a rir..a rir…a rir ?
Eram umas calças de tecido de lã, feitas de um qualquer casaco velho…já vestidas antes por alguém mais velho…que talvez antes as já vestira ao contrário.
Coisas…ao avesso na minha vida…desde que ainda nem tinha mãos para guarda chuvas ao vento nem para dias a começar de noite.
Por vezes lembro…
da rua de Arouche nº 25
Eu tenho um episódio desses de roupa vestida ao contrário e, ao contrário de ti, não foi há muito tempo!!!! Sabes como sou despistada! Mas na infância, essas gargalhadas ficam marcadas na nossa personalidade como uma marca feita com um ferro em brasa. Eu sei, eu sei...
ResponderEliminarEspera lá, quem vestiu as calças ao contrário fui eu.
ResponderEliminarE pior, a continua (que depois se passaram a chamar auxiliares de acção educativa e agora se chamam outra coisa qualquer que já não sei o nome) obrigou-me a despir e vesti-las como devia ser logo ali, na entrada em frente à porta principal.
Pelo menos assim evitou que eu entrasse na sala naquela triste figura e,calmamente,lá fomos as duas para junto da professora e do resto das meninas rezar o terço, como todas as manhãs, antes de começar a aula.
Ah pois,que aquelas cabecinhas prendadas aprendiam muita, à custa de muita palmatoada e com a benção de Deus!