Com_traste

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Clã...destino



Sem acreditar
Segue-se a marca do dito
Em grupos organizados pelas normas sem grande normalidade
Sem rei nem “rock”
Canta-se o fado desgraçado
Usando roupa de ardina
E a canastra da peixeira
Vende-se boatos como quem oferece rosas
E segue em frente descarado
Gingão e destemido
O destino mal…dito
Traçado sem perfeição
Prendem a culpa
Matam a revolução
Sem saber que com mordaça
Mais força nos darão
E se porventura enlouquece
A desculpa acontece
E a fuga tem perdão
Muda o refrão
Cantam baixinho
Clandestino o sentimento
Loucos os apaixonados
Sábios do poder dos outros
Escondem o poder que sentem
E numa noite qualquer
Em que os pensem calados
Surgirão enamorados
Feitos homens e mulheres enlouquecidos
Por ruas e becos sem saída
Trocam as voltas
Dançam o tango em som de acordeão
Entre beijos roubados
Da sombra sairão
Que importa os outros fados?
Que se amem os mal amados
Que nos pensem ser ladrão
E o amor apenas dado
Seguem em frente disfarçado
Clandestinos sem razão

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