Com_traste

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quinta-feira, 14 de março de 2013

09-03-2013

De repente
Abre-se o peito inteiro
Como para albergar um mundo
E entram todos que do meu peito são
Que sempre cá moraram
Mas ou por obra do destino
Ou por falta de atenção
Viviam silenciados
Como que adormecidos
E um a um são sorrisos
Histórias
Sentimento
Um ou outro lamento
Memórias
Coisas boas
São vidas encruzilhadas
Como estradas em labirinto
E eu percorro uma a uma e sinto
Este sentir emocionado
De quem sente o significado do caminho
Mesmo sem ser assinalado
É um sentido orientado
Num pulsar cá dentro
Na pele que sendo deles é minha
Talvez haja um segredo que se descobre sempre tarde
Como o pote cheio de ouro num fim de um arco colorido
É assim este sentir feliz e encantado
Por de peito aberto
Peito cheio
Peito habitado
Bater em uníssono
Um coração enxertado
Sem perder a pureza da primeira gota que lhe deu vida







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