Com_traste

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Bicho do mato


Bicho do mato

Contrariando a minha condição
Enrolo-me apenas no colchão
Solto as garras a quem ataca
Mordo o cão
Protejo a cria
E sem saber se é noite ou dia
Faço toca onde habito
E nesse solitário abrigo
Aceito a minha condição
Não sou mais que um outro cão
Mas... divirjo de todos os ladrares
Astuta não nego luta
Consciente deixo-me estar
E não fosse este gostar
De viver sempre a pensar
Deixar-me-ia matar
Ou simplesmente absorver
Assim, seja o que tenho que ser
Bicho contestatário
Que não para de roer
Nem que morra solitário!

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