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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Crónicas Marcianas
O bicho homem acomodado à sua condição natural de imortal
Fia-se na memória dos bichos bichos
Que fazem de conta que se lembram da criação do mundo
Falando entre si da arca de Noé
Contando histórias absurdas de um dilúvio
E o macaco que ri, quando nada (h)ouve, nada vê e nada fala
Lembra-se de ter sido qualquer coisa antes de ser macaco
E macaqueando imita o bicho homem na perfeição
Confundido o publico, que paga bilhete de sombra e exigindo o lugar ao sol
Para que lhe suba automaticamente o status
À medida que lhe sobe a temperatura do rosto.. pálido
Vendo na arena a fera amansada a contorcer-se de prazer sádico
Com os olés vindos de bocas pintadas de senhoras insufláveis
Que trazem no regaço o milagre da transformação… depois de bem pagas
Lançam flores aos molhos, em queda pelas campas imaginadas no solo
E choram os crocodilos dos sapatos e das malas plastificadas
Para que impermeabilizem a inveja dos outros
Miseráveis criaturas que voam como melgas em seu redor
Um papagaio fala no megafone colocado na torre de Babel
Difundido a mensagem dos bichos de espécies superior
Que se repete em eco …no vazio interior de cada bicho homem
Vindo directamente dos Deuses
Um ecrã gigante mostra a imagem de um robot
Imitando o desenho (in)animado em velocidade TGV
Dando a ilusão de óptica da evolução da espécie
E ao longe o bicho bicho luta pela posse do comando que perdeu
Enquanto o bicho homem reza o terço de cócoras
Pandora esconde a vergonha numa caixa sem fundoS
E ninguém assume a culpa de Herodes
Os fieis aos Homens são todos gays
E o rei da selva pede extradição
O povo bicho bicho respira silenciosamente
O povo bicho homem pede para ser ligado à máquina..por amor de Deus!
Em Marte decidem abortar a missão de invasão terrestre
E discutem a possibilidade do homem ter ido à lua…
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E assim se vive neste planeta...
ResponderEliminarUns de cócoras, outros insufláveis e coisa nenhuma..;O)